19 de janeiro de 2012

Não descobrimos os Açores!


Então e agora?
Quem tem a culpa desta baralhação toda é o arqueólogo Nuno Ribeiro e a cientista social Antonieta Costa.
Continuem! As vossas investigações serão, mais tarde ou mais cedo, reconhecidas, mesmo pelos mais céticos.
Notícia retirada e uma revista Tempo Livre.

14 de janeiro de 2012

Gravuras já recebem visitas

O bloqueio burocrático foi desbloqueado, os jipes já podem sair da garagem e as gravuras do Vale do Côa já podem receber visitas.
Boa notícia.

12 de janeiro de 2012

ARMINDO REIS DEIXOU-NOS

A notícia  chegou por SMS, do seu sobrinho Mário Reis. Armindo, seu tio e nosso oleiro, deixou-nos durante a noite.
Era um homem de olhar e falar tranquilo. Mestre do barro.
Escrevi sobre Armindo Reis em Tesouros do Artesanato Português, Volume III, em 2003. Começava assim:
Armindo Reis nasceu nas Caldas da Rainha, em 1926, e aí cresceu, vivendo sempre paredes meias com o barro. Começou por fazer miniaturas, panelinhas, frigideirinhas e migalheiros, que vendia no mercado das Caldas ao lado do pai, oleiro e, também ele, filho de oleiro. Aos dez anos já trabalhava na olaria de Germano Luís da Silva e os tempos livres passava-os a ajudar o pai. Aí permaneceu vinte anos, juntamente com um formista, um oleiro e um pintor.
E terminava dizendo: Armindo Reis é o último oleiro de uma família em que, pelo menos, cinco gerações deram vida a essa arte, conforme afirma o seu sobrinho Mário Reis.
Deixou obra, deixou discípulos e dois sobrinhos que continuam a sua arte: Mário é ceramista e Vitor Reis é escultor.
                                                                                                              FOTO de CAROLINA RITO

5 de janeiro de 2012

GRAVURAS RUPESTRES PRIVADAS DE VISITAS

É um privilégio ter, neste país, um dos locais mais interessantes para ver gravuras rupestres - o Parque Natural do Vale do Côa. No meio de muita polémica e de muita gente destroçada, como o arqueólogo Nelson Rebanda, a quem devemos a descoberta deste tesouro, lá se conseguiu atingir o objetivo principal – impedir a construção da barragem e dar a conhecer as gravuras ao público, mais ou menos conhecedor da História do Homem. A todos.

É um privilégio poder fazer a visita com guias tão bem formados como os do Museu. Sabem de gravuras, mas também sabem da flora e da fauna ali existentes, da forma de vida das pessoas e de tantas outras coisas que propiciam uma agradável conversa.
É um privilégio ter um Museu como o de Foz Côa - com um exterior belíssimo, uma arquitetura interior que nos descontextualiza do tempo presente para dar a conhecer o passado, com uma tecnologia avançada e bem adaptada às intenções dos promotores e às necessidades do visitante.
 Mas nem tudo o luz é oiro ou não há bela sem senão ... talvez sejam os aforismos populares que dão voz à desilusão.
 Não falemos do dispêndio excessivo de energia elétrica, num edifício completamente fechado sobre si mesmo, sem que os seus construtores tenham tido em conta a necessidade de alternativas energéticas.
Não falemos no desespero que deve ser trabalhar com luz artificial, num sítio onde o sol brilha com grande intensidade e onde o calor, atinge as temperaturas mais altas deste país.
Não falemos na loja onde o visitante é solicitado a adquirir livros, e recordações, mas onde só a luz elétrica reina.
Não falemos no facto do restaurante estar fechado. Esse sim, não precisa de luz artificial, mas precisará de ar condicionado para ser suportável no verão.
 Mas, e as gravuras? Não, não nadam, mas entristecem-se cada vez mais porque, afinal, estão privadas de visitas.
Não se podem fazer marcações "no território", diz a funcionária. No território?, pergunto. Pois, pode visitar o Museu, mas o território é que não. Expliquemo-nos: os jipes estão impedidos de sair, por razões burocráticas.
Que bom que é ter Museu, ter gravuras, ter guias e ter jipes. Mas não se iluda porque as gravuras essas lá estão à beira rio, onde os jipes não podem ir por questões burocráticas.
Que razões burocráticas poderão impedir os jipes de sair da garagem? Para bom entendedor, basta deduzir, muito simplesmente que lhes falta ou o selo, ou a inspeção, ou o seguro!!!
E as gravuras a aguardar. E o visitante a desesperar.