Em frente à Minnilloja fica um vão de escada, uma espécie de arquinha doméstica. É o Bongosto, onde se apanham malhas das meias de vidro, se vendem pinças apropriadas a cada tipo de pêlo, perfumes ao gosto de cada qual e ainda as insignificâncias que davam pelo nome de frivolidades, mas nada comparáveis à cangalhada que enche as prateleiras de lojas de coisas inúteis.
E a senhora, que se queixa já não poder apanhar malhas por falta de quem lhe forneça as agulhas, mantém um role de clientes que diariamente ali deixam dois dedos de conversa rodeadas de frivolidades. O tempo parece não passar por ela. É um prazer vê-la, bonita, de bâton a abrir-lhe o sorriso e a condizer com o colorido das unhas que delicadamente folheiam o livrinho das notas.
1 comentário:
gostei de ver o Bongosto.fiquei comovido.E´um trabalho em ferro feito por meu pai por volta de 1950.Curioso como ainda existe ao fim de tantos anos. Cumprimentos.Joao Martins.n
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