Poucos se lembrarão dos jogos de descoberta de ovos escondidos nos campos, que faziam na época de Páscoa, como este, da região de Mafra.
Os ovos continuam a fazer parte da simbologia pascal, mas agora em chocolate, ou cozidos e incrustados no folar. O chocolate só veio dar uma nova forma a um costume que vem de longe. O ovo era associado a lendas e mitos sobre a criação do universo, não só porque ele é a semente que contem o gérmen vital, mas também devido à sua forma, redonda, sem princípio nem fim. E a gema era associada ao sol, também ele fonte de vida. Ligado tão intimamente à vida, à regeneração, ao renascimento, ao vigor e, naturalmente, à Primavera, o ovo tornou-se num símbolo da Páscoa, em toda a Europa.
Na Europa Central, Ucrânia, República Checa, Hungria, Roménia e Croácia - os ovos são pintados e decorados, com signos e símbolos pascais ou primaveris.
Na Europa do Sul a decoração não é essencial ao rito. Eles aparecem muitas vezes só pintados de vermelho, em algumas ilhas da Grécia, como Rodes e Karpatos.
Em Portugal e na região mediterrânica fazem-se bolos onde se incrustam ovos inteiros cozidos com a casca. Em Portugal chamam-se folares, Campanile, na Corsega; Tsoureki, na Grécia;
La rosca de Pascua, na Calábria ou Muccelati e cannilieri. Estes bolos aparecem sob as mais diversas formas: corações, cavalos, vacas, peixes, porcos-espinhos, aves, águias e serpentes bicéfalas.
Serão estas diferentes representações apenas obra da fantasia e da imaginação?
A recorrência dos mesmos temas em diferentes partes da Europa faz com que duvidemos da simplicidade da resposta.
A serpente mítica da Sicília, por exemplo, encontra-se sob forma de escorpião na Calábria ou na Sardenha, e de lagarto, em Portugal e em Espanha, de dinossauro em Creta e de dragão na ilha de Karpatos. Como se, com a chegada da Primavera, todos estes seres arcaicos, saíssem do ventre da terra para figurar, de forma mais ou menos adocicada, a regeneração e a fecundidade.
As aves, nomeadamente, a pomba que também se vê aquando da Anunciação e do Pentecostes, são, evidentemente, os animais mais tolerados pela Igreja. E são também os mais frequentes. Por vezes a ave tem no bico um ramo de oliveira.
Em certos sítios, na quinta-feira santa, os rapazes recebiam um pássaro, um cavalo ou um dragão e as meninas recebiam uma boneca, em massa de pão, todos eles contendo um ovo. Mas estes meninos não podem comer os bolos, senão no dia de Páscoa. Na Grécia, levam-nos à igreja, no sábado santo, para os benzer… antes de serem comidas.
Em Portugal, poucas localidades mantêm o hábito de fazer folares em forma de animal. Castelo de Vide é um exemplo onde o costume se mantém.
Os ovos continuam a fazer parte da simbologia pascal, mas agora em chocolate, ou cozidos e incrustados no folar. O chocolate só veio dar uma nova forma a um costume que vem de longe. O ovo era associado a lendas e mitos sobre a criação do universo, não só porque ele é a semente que contem o gérmen vital, mas também devido à sua forma, redonda, sem princípio nem fim. E a gema era associada ao sol, também ele fonte de vida. Ligado tão intimamente à vida, à regeneração, ao renascimento, ao vigor e, naturalmente, à Primavera, o ovo tornou-se num símbolo da Páscoa, em toda a Europa.
Na Europa Central, Ucrânia, República Checa, Hungria, Roménia e Croácia - os ovos são pintados e decorados, com signos e símbolos pascais ou primaveris.
Na Europa do Sul a decoração não é essencial ao rito. Eles aparecem muitas vezes só pintados de vermelho, em algumas ilhas da Grécia, como Rodes e Karpatos.
Em Portugal e na região mediterrânica fazem-se bolos onde se incrustam ovos inteiros cozidos com a casca. Em Portugal chamam-se folares, Campanile, na Corsega; Tsoureki, na Grécia;
La rosca de Pascua, na Calábria ou Muccelati e cannilieri. Estes bolos aparecem sob as mais diversas formas: corações, cavalos, vacas, peixes, porcos-espinhos, aves, águias e serpentes bicéfalas.
Serão estas diferentes representações apenas obra da fantasia e da imaginação?
A recorrência dos mesmos temas em diferentes partes da Europa faz com que duvidemos da simplicidade da resposta.
A serpente mítica da Sicília, por exemplo, encontra-se sob forma de escorpião na Calábria ou na Sardenha, e de lagarto, em Portugal e em Espanha, de dinossauro em Creta e de dragão na ilha de Karpatos. Como se, com a chegada da Primavera, todos estes seres arcaicos, saíssem do ventre da terra para figurar, de forma mais ou menos adocicada, a regeneração e a fecundidade.
As aves, nomeadamente, a pomba que também se vê aquando da Anunciação e do Pentecostes, são, evidentemente, os animais mais tolerados pela Igreja. E são também os mais frequentes. Por vezes a ave tem no bico um ramo de oliveira.
Em certos sítios, na quinta-feira santa, os rapazes recebiam um pássaro, um cavalo ou um dragão e as meninas recebiam uma boneca, em massa de pão, todos eles contendo um ovo. Mas estes meninos não podem comer os bolos, senão no dia de Páscoa. Na Grécia, levam-nos à igreja, no sábado santo, para os benzer… antes de serem comidas.
Em Portugal, poucas localidades mantêm o hábito de fazer folares em forma de animal. Castelo de Vide é um exemplo onde o costume se mantém.
Sem comentários:
Enviar um comentário