Foi há uns 20 anos, na Ladeira do Pinheiro, junto à casa da chamada Santa da Ladeira ou Mãe Maria.
Uma crente lavava os olhos do filho na poça da água santa, quando alguém, talvez menos crente, passou:
Ele - Essa água está tão suja, minha Senhora!
Ela – Mas cura! Olhe – continua ela – o que nos salva é a fé, não é o pau da barca!
Ele - Essa água está tão suja, minha Senhora!
Ela – Mas cura! Olhe – continua ela – o que nos salva é a fé, não é o pau da barca!
Ele – Como? Diga?
Ela – Ah! Não sabe!? Olhe, um homenzinho da minha terra que não podia ir à festa que se faz do outro lado da lagoa, pediu ao barqueiro que lhe trouxesse uma lasca da árvore do santuário, como toda a gente faz. É uma árvore benta que a gente guarda de ano para ano. O barqueiro, no regresso, viu que se tinha esquecido da encomenda e… não esteve com meias medidas! Toca de cortar um lasquita ao barquito e deu-a ao homem… Olhe, e o homem guardou-a, como se fosse da árvore, e diz que deu resultado. O que nos salva é a fé, não é o pau da barca, percebe?
Ela – Ah! Não sabe!? Olhe, um homenzinho da minha terra que não podia ir à festa que se faz do outro lado da lagoa, pediu ao barqueiro que lhe trouxesse uma lasca da árvore do santuário, como toda a gente faz. É uma árvore benta que a gente guarda de ano para ano. O barqueiro, no regresso, viu que se tinha esquecido da encomenda e… não esteve com meias medidas! Toca de cortar um lasquita ao barquito e deu-a ao homem… Olhe, e o homem guardou-a, como se fosse da árvore, e diz que deu resultado. O que nos salva é a fé, não é o pau da barca, percebe?
4 comentários:
:)
Eu diria «A eficácia da fé».
:)
Muitos beijinhos e muitos parabéns pelo blogue.
:)
Concordo contigo, Xantipa. Na verdade, a eficácia da água onde a mulher lavava os olhos do filho, não está explicita.
Que história maravilhosa. É no credo que está o ganho.
Como pode uma história tão curta multiplicar tantos pensamentos?
Quero beber mais desta água.
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