20 de dezembro de 2008

Coisa boa (I)


A Livraria Histórias com Bicho é um achado, é uma surpresa apetitosa é quase um desconcerto ao qual a íngreme estrada para os Casais Brancos (Óbidos) nos conduz. Era uma escola e agora é uma escola, mas diferente. Ela tem recreio, ela tem cadeiras, ela tem salas e até me parece que ainda tem um quadro preto. É uma escola por fora e por dentro. Por fora é uma escola do Estado Novo. Por dentro é uma escola em estado novo. Novíssimo. A gente entra e pasma. As paredes estão coloridas de pinturas e de livros que se podem ler com as mãos. Livros para crianças e para mais que crianças, para adultos e para mais que adultos. E a gente pasma mesmo a sério e olha para cima e para os lados e de tanta coisa linda ver, ainda pasma mais e pergunta a um qualquer deus, como é possível haver gente com tanta dedicação, com tanto gosto e com tanta imaginação.
Aos poucos vai saboreando esta COISA BOA, vai-lhe tomando o gosto e deixa-se cativar de tal maneira que nada o arranca do sofá onde se havia recostado a ver as estrelas pintadas no céu. E quando chega o lusco-fusco, quase já não há tempo para usufruir do recreio e dar balanço ao baloiço que nos faz esvoaçar pelos montes e vales dos Casais Brancos e da Navalha e quase chegar aos Casais da Capeleira.
É que está quase a chegar o Inverno. É já amanhã e a Livraria Histórias com Bicho dá-lhe as boas-vindas com um serão de contos ao frio. Sim, ao frio, debaixo do enorme e esplendoroso pinheiro do recreio. Cadeiras há 80, inscrições são 90! Eles bem avisam que já não têm cadeiras, mas as pessoas insistem e inscrevem-se com a condição de trazerem cadeira de casa, tal é o interesse por esta COISA BOA.

2 comentários:

Luis Eme disse...

A ideia é óptima.

Que consiga ser um sucesso, também comercial.

abraço e Boas Festas Teresa.

Teresap disse...

Também são esses os meus desejos, embora tenha de admitir que pessoas que arriscam desta maneira são acima de tudo pessoas especiais que acreditam na força da divulgação do livro e da palavra.