No dia de S. Brás, olha o Inverno que faz. Se está para a frente ou se está para trás.
S. Brás é festejado no campo, preferencialmente em bosques e pinhais, dado que ele é protector dos pastores, Senhor das chuvas e das águas, mas também preside às sementeiras da Primavera.
Por ter salvo uma criança engasgada, tornou-se protector das gargantas. E, por se ter refugiado numa caverna, tornou-se o interlocutor privilegiado dos animais.
S. Brás concentra uma série de motivos míticos essenciais para compreender o mito do Carnaval, desde o seu nome que, em bretão significa lobo, até ao facto de ter uma vida equiparada à dos animais selvagens, vivendo nessa caverna como o urso dos contos e das lendas.
Quem passar pela Nazaré, notará um frenesim pouco habitual em época invernia e aperceber-se-á que todos os caminhos vão dar ao monte de S. Brás. É, para alguns, um carnaval antecipado, mas para os Nazarenos é o início dos festejos. Só à noitinha regressam a casa, para logo a seguir, fazerem o primeiro dos quatro bailes obrigatórios, antes da terça-feira gorda.
S. Brás, Nazaré, 2007
2 comentários:
é sempre um prazer passar aqui e ficar a saber mais alguma coisa sobre as nossas ricas tradições.
abraço Teresa
Obrigada, Luís. O prazer é recíproco. Envia coisas destas, aí dessas bandas.
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